Prêmio – Melhores da Advocacia Brasileira

melhoresdaadvocaciaGostaria de compartilhar com vocês, leitores, a enorme alegria de ter representado o estado da Bahia, no recebimento do prêmio referenciado ; objeto de pesquisa e escolha pela opinião pública e a mídia jurídica especializada, porquanto você também é responsável por esta premiação, que aconteceu no dia 25.03.02, em noite de jantar “black-tie”, apresentada pela jornalista Glória Maria, no Hotel Sheraton Mofarrej-São Paulo, por estar me apoiando na divulgação das minhas palestras, congressos e livros, ao longo dos últimos 10 anos , o que muito me ajudou a defender o resgate da essência ética e moral do Direito.

premio01Este troféu, considerado o “Oscar” da advocacia, representa o reconhecimento da relevância dos temas que já venho palestrando, debatendo e escrevendo , no Brasil e no exterior, principalmente, com base nos livros “Uma Visão Holística do Direito” e “Justiça Divina x Justiça dos Homens”, no intuíto de atualizar os seus paradigmas, resgatando a função social dos operadores do Direito, no atendimento dos anseios da sociedade, que necessita de uma Justiça mais célere, imparcial e ética.

Salientando que dos 50 advogados homenageados, fui escolhido para fazer o discurso de agradecimento dos mesmos, após a entrega dos troféus.

DISCURSO DE AGRADECIMENTO

Em nome dos advogados premiados de 2002, legítimos representantes que visualizam e constróem a advocacia do novo século, gostaria de saudar nossos familiares e amigos, que muito nos honram com as suas presenças, além da equipe responsável pela organização deste belíssimo evento, com certeza um marco indelével em nossas vidas. Podemos expressar um sentimento de suprema satisfação do dever cumprido, pois como advogados conseguimos transpor tantos obstáculos, sem desvirtuar nossas consciências éticas, com firmeza e determinação em convicção tão séria, galgando um novo patamar profissional e , ao mesmo tempo, contribuindo na introdução de novos paradigmas no mundo do Direito, de forma a reaproxima-lo das justas necessidades e anseios da sociedade.

Neste auspicioso momento, que enche meu espírito de esperanças sublimes, temos o reconhecimento da opinião pública e da mídia jurídica especializada a todos os nossos esforços, pelo restabelecimento da confiança na imparcialidade da Justiça, que temos pugnado pela sua celeridade, equidade e moralidade, sem as correntes do formalismo excessivo.

Como dignos representantes dos “Advogados do 3º Milênio”, temos enfrentado as trevas da corrupção, na condução isenta de nossos processos, contra o sono indolente dos oficiais de justiça e escrivães, que permitem o acúmulo de nossas ações nos cartórios; contra a desídia e mediocrização crescente da atuação de alguns maus juízes, que não honram sua toga. Entretanto, a maioria dos magistrados está, a cada dia, atuando de forma mais transparente, mantendo nossa fé inabalável numa justiça mais humanizada , em interação direta com a sociedade; quando todos nós advogados, poderemos transbordar a nossa serenidade, solidariedade e sabedoria, em prol da “Ciência do Direito”.

Este novo milênio, exige de todos nós operadores do Direito, uma série de princípios morais, que resulte numa maneira de ser íntegra e honrada; devendo dar o exemplo, inclusive sendo observado o Código de Ética Profissional da Advocacia, pois a ética é uma das maiores armas do advogado, o protege e guia no caminho da dignidade profissional, ficando cristalizado o sentimento ético como algo indissociável do exercício do Direito, a ponto de não ser entendido como o simples dever de respeitar o Código; mas sim como uma imposição de nossa consciência e do novo padrão evolutivo da humanidade.

Outrossim, releva realçar que ao invés do “pugilato dos bárbaros”, deixando de lado a velha máxima de que “os fins justificam os meios” , o Advogado do 3º Milênio” – é aquele que atua em defesa dos direitos do seu cliente, sem precisar massacrar seus oponentes, respeitando seus colegas, visando obter o melhor acordo possível, pois conhece, profundamente, a natureza humana e sabe utilizar a sua “inteligência emocional” , quando nos encontramos numa situação difícil de vislumbrar uma saída negociada, em razão do excesso de nervosismo ou emoções negativas envolvidas; assim, olhando de cima, para o problema, podemos verificar, claramente, a existência de inúmeras possibilidades de consenso, talvez até identificando a causa do problema; sendo que, com esta compreensão, nosso nível de serenidade nos transmite a visão cristalina necessária para solucionar a questão, da melhor forma possível. Desta forma, o advogado conciliador pode exercer o seu mister, com a máxima eficiência, sem causar prejuízo a outrem.

Nunca esquecer-se da sua responsabilidade social, projetando sua essência no seu semelhante, exercendo sua função com dignidade, sem cobrar honorários daquelas pessoas ou instituições que necessitam dos seus serviços, mas não têm condições de pagar, principalmente, as ONG’s que atuam em beneficio das causas sociais . O trabalho do advogado deve ser, normalmente, remunerado, mas jamais inspirado pelo espírito do mercantilismo; pois, muitas vezes, são mais valiosos o agradecimento sincero, o abraço afetuoso; do que a mera retribuição pecuniária, no caso daquele advogado que, na expressão autorizada do mestre Rui Barbosa, “faz da banca, um balcão”.

Ainda com Rui na lembrança, gostaríamos de realçar seu legado de que : “Há entre nós antigas prevenções contra os juristas; mas essas prevenções caracterizam os povos, onde o sentimento jurídico não penetrou no comum dos indivíduos . O mal está na ausência deste sentimento, ou na sua degeneração. Os povos hão de ser governados pela força ou pelo direito”.

Nós , advogados do 3º Milênio, acreditamos na força do Direito!